quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A suposta hipocrisia dos pró-impeachment e dados sobre o governo petista




Olá a todos!

Como boa parte do mundo sabe, hoje é um dia importante para a história do Brasil quando o Senado Federal irá definir se a presidente Dilma Rousseff irá ser afastada do seu cargo ou não. De acordo com o que tenho lido, é provável que ela seja afastada.

Em meio a todas as manifestações que tenho acompanhado na Internet, continuo observando as mesmas críticas que vêm sendo feitas desde o início do processo quando o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acatou o pedido no ano passado: que o processo todo não passa de um golpe, que seus defensores são golpistas e que aqueles que se manifestaram "contra a corrupção" nas grandes passeatas dos últimos anos não passam de hipócritas. 

Quanto aos dois primeiros posicionamentos, eu já publiquei uma postagem anteriormente contendo uma apreciação feita pelo site Spotniks demonstrando que tal visão é deveras inadequada. É possível que eu também escreva uma postagem própria refletindo sobre essa questão nos próximos dias.

Hoje me volto para o último dos pontos mencionados, o da acusação de hipocrisia. Segundo essa crítica, as pessoas que participaram das várias "marchas contra a corrupção" bem como os que são favoráveis ao impeachment da presidente foram hipócritas quando marcharam apenas contra o governo da Dilma, mas não também pelo afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara ou continuamente tendo em vista que a corrupção obviamente continua presente na esfera estatal. Um amigo meu resumiu essa visão num texto publicado no Facebook com as seguintes palavras:
(...) Contudo, para mim É GOLPE! Tanto é golpe que as pessoas que fizeram força para derrubar Dilma estão nem aí para o Temer que assinou documentos iguais aos utilizados contra Dilma. Fico triste pela seletividade da indignação dos brasileiros. As panelas silenciaram, o gigante voltou a dormir, o MBL não organiza mais passeatas "contra a corrupção" (parece que a corrupção acabou) e todo este processo apenas demonstra a hipocrisia da política brasileira. (...)
Aqui eu questiono: estamos nós em posição de acusar os manifestantes de hipocrisia como meu amigo entre outros o fez? Até onde me consta, o método correto de fazer tais avaliações é segundo o princípio "todos são inocentes até que se prove o contrário". Aplicado neste contexto temos que só deveríamos acusar alguém de hipocrisia após eliminar hipóteses que não atentam contra a honestidade intelectual do indivíduo.

O que aconte é que há outra hipótese perfeitamente plausível que não apenas inocenta os manifestantes da acusação, como ainda os ampara racionalmente: o de senso de proporcionalidade. Segundo essa ideia devemos tratar as coisas na medida de sua gravidade ou relevância de maneira que erros piores devem receber rejeições mais enfáticas que erros menores. Assim sendo o que pode ter acontecido é que os manifestantes fizeram uma algazarra maior contra o governo por terem entendido que a corrupção (e demais problemas) em torno deste em muito superaram em gravidade e relevância os problemas com Cunha e ademais, casos para os quais repúdias em mídias sociais e abaixo-assinados seriam suficientes.

Embora eu seja cético que essa explicação vale para todo e qualquer manifestante dos milhões que foram às ruas nesses últimos quatro anos (dos quais não faço parte), me identifico plenamente com esse posicionamento. No meu entendimento o governo petista, sobretudo sob Dilma Rousseff, acumulou um índice de gravidade de erros (tanto morais quanto administrativos) que em muito suplantaram os problemas com Eduardo Cunha e outros de maneira que as manifestações realizadas foram perfeitamente proporcionais. Quanto a estes erros, novamente o site Spotniks publicou um ótimo artigo entitulado "5 motivos pelos quais há mais oposição ao PT que aos demais partidos brasileiros" onde expõe os fatos que adequadamente justificaríam a suposta "seletividade de indignação" de muitos brasileiros. 

Para conferi-lo, clique aqui.

Por fim é de se questionar se esses acusadores não seriam culpados pela mesma acusação que realizam, desta vez sem escapatória, levando-nos à curiosa situação de "dupla hipocrisia": hipócritas na sua atuação em relação à questão política e hipócritas ao acusarem outros do erro que eles mesmo estão a cometer. 

Uma situação que sugere a ocorrência dessa "dupla hipocrisia" diz respeito ao caso de Eduardo Cunha. Pelo que acompanhei nas notícias, quando Cunha, este membro do PMDB, começou a receber as primeiras acusações de corrupção (o suficiente para muitos dos críticos das manifestações esbravejarem "Fora Cunha!" nas redes sociais), outro pmdbista, Renan Calheiros, já acumulava acusações do tipo junto ao STF. Por exemplo, quando Cunha ainda tinha apenas uma denúncia, Renan já tinha quatro e quando chegou às três (ou quatro) denúncias, Renan já estava na sétima. Tendo ainda isso ocorrido com Calheiros como presidente do Senado e do Congresso estando, portanto, a um posto acima do de Eduardo, o "senso de proporcionalidade" sugere que as manifestações contrárias a Renan deveriam ser consideravelmente maiores do que aquelas direcionadas a Eduardo Cunha. 

Todavia, o que se observou nas redes sociais é que aqueles que tão enfaticamente protestavam contra o segundo estavam em completo ou proporcional silêncio com respeito ao primeiro, uma clara violação da proporcionalidade. A situação de duplo-padrão moral passa, então, a ficar latente quando paramos para observar que tais críticos geralmente são governistas e anti-impeachment num contexto em que Eduardo Cunha era visivelmente oposição ao governo e pró-impeachment enquanto Renan se mostrava simpatizante ao primeiro e aparentemente neutro quanto ao segundo. Em outras palavras, é visível que a "caça ao Cunha" não foi fruto de alguma grande preocupação com a corrupção estatal, mas apenas mais um caso de perseguição motivada por razões políticas.[1]


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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[1] Talvez cabe mencionar que os críticos também geralmente são politicamente ligados à esquerda enquanto que Eduardo Cunha, além de visivelmente conservador, é evangélico, um grupo constantemente criticado por aquele segmento político especialmente quanto à sua presença na política.

domingo, 28 de agosto de 2016

Boas intenções e as consequências do aumento do salário mínimo




Olá a todos!

Influenciado pelos ensinos de Jesus e de outros mestres, nós aprendemos que devemos procurar não só o nosso bem como também de todos a nossa volta, de toda a sociedade. O que muitas vezes não se ensina é que não basta apenas desejar o bem: é necessário que também procuremos aprender o que constitui esse "bem" que tanto devemos desejar. Termos do primero com pouco ou nada do segundo tende a nos levar a uma clássico predicamento humano: pessoas com boas intenções causando dor e sofrimento por defender más ações.

Uma das áreas clássicas que tenho notado em que esse predicamento costuma aparecer é a econômica. O fato é que muitas pessoas não possuem sequer noções básicas de economia e quando vão discutir políticas públicas, projetos de lei e arranjos sociais acabam por defender propostas prejudiciais à sociedade que desejam melhorar. 

Nesse contexto um caso clássico é o da existência e aumento do salário mínimo. Seguindo apenas a teoria econômica, mais especificamente a Lei da Demanda, já poderíamos concluir que a existência de um mecanismo que encareça um serviço em relação ao preço que teria na ausência daquele mecanismo implicaria numa demanda menor por aquele serviço (tudo o mais igual). Em outras palavras, um salário mínimo e o seu aumento gera desemprego. Não apenas isso, a diminuição da demanda ficaria focada nos menos hábeis para executar as suas tarefas de maneira que a população mais pobre e menos educada viria a ser a mais atingida por tais medidas.

Essa previsão tem sido confirmada por pesquisas científicas. Mais recentemente o professor Jeffrey Clemens da University of California-San Diego publicou um complemento a um estudo anterior demonstrando que o aumento do salário mínimo nos Estados Unidos em anos recentes mataram quase tantas vagas de emprego de profissionais pouco qualificados quanto a recente recessão econômica da crise de 2007-08. 

Para conferir mais detalhes sobre esse trabalho, clique aqui.

O curioso disso tudo é que boa parte da população que geralmente mais defende a existência e aumento de um salário mínimo e, consequentemente, a piora na qualidade de vida da população trabalhadora menos educada é composta por pessoas que vorazmente defendem esses pobres no ambiente público. Um provável exemplo, portanto, de pessoas com boas intenções defendendo más ações, aqui ações contrárias aos seus próprios intentos.

Naturalmente esse fato não é suficiente para rejeitarmos o salário mínimo; é possível que haja fatores filosóficos, sociais e mesmo econômicos que compensem as consequências mencionadas. O que mais importa aqui é que não apenas estejamos cientes das consequências do salário mínimo e do seu aumento como aprendamos a importância do conhecimento como parte fundamental no processo de escolha das propostas e ideias a serem defendidas na busca por um mundo melhor.


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

[EN] 6 maneiras como drones podem salvar vidas


http://acieg.com.br/wp-content/uploads/2016/05/drone-site.jpg

Olá a todos!

Se fôssemos pensar nos passos tecnológicos que o mundo está para dar que mudarão a nossa vida consideravelmente nos próximos anos, não poderíamos nos esquecer de três ótimas invenções recentes: a impressora 3D, os dispositivos de realidade virtual e os drones.

Ao contrário dos dois outros ítens, os drones já conquistaram o seu espaço junto ao setor privado nos países desenvolvidos em especial para o uso em fotografia e filmagem além de empresas como a Amazon e a Boeing estarem desenvolvendo modelos para a utilização em larga escala para transporte de pequenas cargas. 

Hoje compartilho com vocês um vídeo do canal do YouTube Freeze HD contendo algumas propostas de uso de drones para outro fim muito válido: o de salvar vidas. Nota: Embora o áudio esteja em inglês e só haja legenda nesse idioma, a parte visual é rica o suficiente para dispensar o áudio do vídeo.

(link)

Vale notar que boa parte das empresas que estão desenvolvendo esses drones são start ups que podem receber incentivos financeiros por meio de doações. Isso faz desses projetos uma boa opção para doações filantrópicas.


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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terça-feira, 23 de agosto de 2016

[EN] Os ensinamentos de Jesus de Nazaré


http://brettburner.com/wp-content/uploads/2013/08/Jesus-artsy-Print-640x320.jpg

Olá a todos!

De acordo com as estatísticas, a fé cristã é a religião com o maior número de adeptos no mundo ultrapassando a marca de dois bilhões de pessoas. Tais pesquisas, todavia, identificam "cristã" qualquer pessoa que afirme ser um cristão independente do seu real compromisso com os ensinos de Cristo. De fato muitos são os que se dizem cristãos enquanto possuem um conhecimento mínimo dos ensinos daquele que professam ser seu Salvador.

Hoje compartilho com vocês uma bela montagem de muitos dos ensinos de Jesus de Nazaré como recordados pelos quatro evangelhos canônicos. Trata-se de uma mensagem com excelentes ensinamentos não só teológicos, mas também de vida válidos até hoje até mesmo para aqueles que não são cristãos.

(link)

Que possamos refletir sobre tais ensinamentos e usá-los não só para termos uma vida melhor como também parar construirmos um mundo melhor!


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

[EN] O amor precisa de risos




Olá a todos!

Após mais de um mês sem publicar, marco esta postagem como minha volta à ativa! Embora não garanta, procurarei publicar ao menos um texto por dia enquanto finalizo os meus assuntos pessoais que me levaram a esse tempo afastado do blog.

E para marcar essa volta, nada melhor do que uma postagem sobre um tema positivo como amor e relacionamentos! Então compartilho à seguir um vídeo postado no YouTube pelo canal Prager University onde o comediante Yakov Smirnoff comenta sobre a importância das risadas como um bom indicador da saúde de um relacionamento afetivo:

(link)

Espero que o conteúdo desse vídeo ajude muitos casais a darem-se conta dos rumos aos quais os seus relacionamentos estão indo e espero também que os vindouros conteúdos publicados aqui no blog prossigam em ajudar na vida e no intelecto de todos os seus leitores!


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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