quinta-feira, 23 de abril de 2015

Antes eu tinha dúvidas sobre a PEC da terceirização; esse artigo mudou isso



Olá a todos!


Como muitos devem estar sabendo, ontem foi aprovado na Câmara dos Deputados o "PL da Terceirização" que estabelece algumas mudanças nas leis trabalhistas brasileiras quanto à mão de obra terceirizada.

Esse projeto foi muito criticado por uma série de áreas da sociedade ligadas a proteção dos direitos trabalhistas (como a CUT e sindicatos) que apresentaram uma série de razões porque tal projeto seria ruim para o Brasil. (Veja aqui um resumo dos pontos polêmicos e de algumas críticas ao mesmos)

Inicialmente eu fiquei indeciso quanto a apoiar ou não esse projeto não apenas por tratar de um assunto do qual tenho pouquíssmo conhecimento como também devido ao próprio linguajar da medida me ser de difícil compreensão. Embora eu esteja ciente que as nossas leis trabalhistas estão muito atrasadas em relação a de países desenvolvidos, sufocando o crescimento e a produtividade da nação e consequentemente retardando o progresso econômico e a eliminação da pobreza, estava longe de ser claro para mim que esse projeto seria uma boa resposta a essa situação. 

Passei, então, a apenas observar os argumentos usados tanto a favor quanto contrários à mudança e, embora não estando plenamente capaz de avaliá-los por razão dos problemas relatados anteriormente, pude concluir que ambos os lados estavam apresentando justificativas pouco convincentes.

Foi só depois de acompanhar várias manifestações de opinião de amigos e outras pessoas na web que encontrei um artigo publicado pelo Instituto von Mises Brasil entitulado "Terceirização? Sim, por favor. E obrigado" escrito pelo doutor em Economia Cassiano Dalberto. Embora ainda longe de uma "peça épica de argumentação", o artigo de Cassiano convenceu-me de me posicionar à favor da medida (ainda que tenha me mantido cético quanto à real adequação e qualidade da mesma) não apenas por ter apresentado boas razões positivas em sua defesa, como também por ter adequadamente respondido a muitas das críticas lançadas contra esse projeto de lei.

De todas as que já li, esta é a minha "leitura recomendada principal" sobre o tema - especialmente para aqueles que defendem os argumentos contrários ao PL citados na obra, como o da má qualidade dos serviços terceirizados brasileiros ou dos salários mais baixos pagos aos profissionais relacionados.

Por fim, complemento o artigo acima com as seguintes sugestões de leitura:


Que o Senhor seja com vocês,


Momergil



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Venezuela: Dois anos de Maduro




Olá a todos!


Dois anos de Maduro como presidente da Venezuela:

Quando o herdeiro do falecido Hugo Chávez assumiu o cargo, em 19 de abril de 2013, após eleições impugnadas pelo opositor Henrique Capriles, a inflação anual era de 20,1%, a escassez de produtos básicos, de 20%, e a pobreza, de 25,1%.

Dois anos depois, a inflação disparou para 68,5%, a escassez se tornou um mal crônico e a pobreza - cujo combate foi uma das maiores bandeiras da luta da Revolução Bolivariana - atinge 32,1% dos venezuelanos.

Enquanto isso, o dólar no câmbio negro, um indicador quase onipresente nos preços diante da cada vez mais desvalorizada moeda local, passou de 22 bolívares por dólar, quando Chávez morreu, para 275 bolívares na sexta-feira passada.

Tudo isso mina a moral dos venezuelanos, cada vez mais submetidos a longas filas para conseguir leite, óleo, farinha ou remédios, sem recorrer ao mercado negro, onde - quando se consegue o produto - os preços disparam até 1.000%.

"É muito evidente que o venezuelano perdeu qualidade de vida em todos os níveis sociais, mas sobretudo entre os mais pobres", explicou à AFP o economista Maxim Ross, fundador do Centro de Estudos de economia venezuelana da Universidade Monte Ávila.

Como ele, muitos economistas consideram que a situação atual é consequência o modelo socialista centralizador - implantado por Chávez e seguido à risca por Maduro - de controles de câmbio e de preços, de expropriações, de descontrolado gasto público e de "burocratismo" que castiga a produção nacional e fomenta a corrupção, o contrabando e a ineficiência.

No entanto, Maduro, que comemora que seu governo continue tirando da desnutrição milhões de venezuelanos - algo corroborado pela FAO - atribui a crise a uma "guerra econômica" da burguesia com vínculos com a Colômbia e os Estados Unidos.

Para ler a reportagem completa, clique aqui.



Que o Senhor seja com vocês,

Momergil

sábado, 18 de abril de 2015

Banco de remédios - uma ótima ideia!



Olá a todos! 


Não sei quanto a vocês, mas sempre fiquei com a "consciência torcida" quando, após utilizar um determinado remédio sem acabá-lo (não devendo utilizá-lo mais por conta do que fora determinado na receita médica), era forçado a jogá-lo fora ou simplesmente esquecê-lo em algum canto da "farmácia", a bolsa de remédios da família, gerando desperdício de dinheiro e de oportunidade de utilização.

O que eu não sabia é que uma solução para esse problema já foi criada há 8 anos em Porto Alegre: a do banco de remédios, onde se obtém e administra medicamentos parcialmente utilizados, porém não vencidos, para serem providenciados aos mais pobres. O banco atual existe no segundo andar do Mercado Público e tem obtido sucesso.

Para ler a reportagem falando desse tema, clique aqui.

Espero que essa ideia progrida e mais pessoas passem a usá-la!


Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil

Mestre da arqueria antiga - melhor só o Legolas!


Olá a todos!


Para quem gostaria de ver um Legolas na vida real, esse post é ideal!

Vagando pelo Facebook descobri que existe um sujeito por nome Lars Andersen que se especializou na arte da arqueria. Após anos de pesquisa e de treinamento, o resultado obtido não foi apenas descobertas interessantes quanto à maneira "profissional" de se manejar essa arma antiga, mas também uma incrível habilidade no manuseio do arco que vale à pena conferir!



Que o Senhor seja com vocês,

Momergil

terça-feira, 14 de abril de 2015

Hitler e os judeus


Adolf Hitler

Olá a todos! 


De acordo com um novo estudo belga, o austríaco Adolf Hitler, forte candidato a maior perseguidor do povo judeu da História, era ele mesmo descendente de judeus.

Para ver a reportagem comentando a pesquisa, clique aqui.

Quanta ironia, não?


Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil

segunda-feira, 13 de abril de 2015

[EN] Lógica - por que?

Olá a todos!


"Lógica" - quem nunca ouviu falar dessa palavra, mas quantos realmente se interessam por ela? O vídeo à seguir, do canal cristão One Minute Apologist apresentado pelo pastor Bobby Conway, fala um pouco a respeito dela dando ênfase na sua validade para a fé cristã:

(link)


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil

sábado, 11 de abril de 2015

Homeopatia funciona?



Olá a todos!


Para aqueles que são fãs dos "métodos alternativos" de saúde, segue uma notícia relevante: uma nova pesquisa científica australiana chegou à conclusão, após analisar uma série de trabalhos sobre o assunto, que não há nenhuma real evidência de que a homeopatia funcione (ou ao menos que funcione melhor do que placebo). Em outras palavras, é possível que você só esteja desperdiçando o seu dinheiro.


Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui.


Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Opinião de alguns negros sobre o sistema de cotas raciais

Olá a todos!


Quando o sistema de cotas raciais foi implantado no Brasil durante o governo Lula, muito deu-se o que falar. Naturalmente não era raro encontrar pessoas negras e aqueles ideologicamente alinhados com a esquerda (e portanto defensores da noção de igualdade social) defendendo o programa de um lado enquanto que aqueles que viriam a perder suas oportunidades e caucasianos em geral atacando-o do outro.¹ Raras vezes - ou ao menos essa foi a minha impressão - encontrava-se negros criticando o programa ou caucasianos defendendo-o.

Em face dessa relativa discrepância que deixava-nos a questionar até que ponto muitos dos defensores e dos críticos não estavam mantendo as suas conclusões tão somente com base na defesa de seus próprios interesses, diante das quais argumentos eram apenas "fachadas de racionalidade", compartilho o seguinte vídeo com uma coletânea de opiniões de negros sobre o sistema de cotas (especificamente aquele implantando nos Estados Unidos):



Aqueles que acompanharam o debate na época talvez percebam que alguns dos argumentos já são conhecidos, como o de que o sistema não resolve o real problema (que é a má educação estatal básica disponibilizada às famílias de baixa renda, a maior parte das quais afro-descendentes), que pode ser gerador de preconceitos contra profissionais negros no futuro, etc.. Todavia, acho que o ponto a ser salientado diz respeito à eficiência de tais programas: que já foi evidencialmente demonstrado que eles funcionam bem aquém do que defendido na teoria gerando prejuízos para a sociedade como um todo.

Como um "addendum", segue o vídeo contendo toda a entrevista com o economista Thomas Sowell que aparece numa parte do vídeo anterior:


Ainda na forma de complemento, sugiro os seguintes materiais:

Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil


¹: Vale lembrar que não eram apenas os "brancos que tinham dívida para com os negros" que perderam algumas vagas: descendentes de almães, italianos, chineses, judeus, poloneses e outras etnias que em nada ou muito pouco tiveram à ver com a escravidão dos negros também foram igualmente afetados.

sábado, 4 de abril de 2015

Breves comentários sobre a reação à morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira


Foto do menino Eduardo morto com um tiro na cabeça (fonte)

Olá a todos! 


Muitos devem estar acompanhando o desenrolar do caso em torno da morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de dez anos, morador de uma favela brasileira e vítima de uma bala de fuzil na cabeça, bem como a repercussão que tem ocorrido. 

Pois bem, gostaria de fazer uma breve reflexão sobre a reação a esse caso, particularmente, à hipocrisia dos ideólogos com respeito a isso. 

Andei dando uma olhada nos perfis e comentários de alguns amigos da esquerda política no Facebook e percebi que estavam bem comovidos com o ocorrido; até aqui excelente, pois é o que se espera de uma pessoa com o mínimo de amor e "senso de humanidade". Mas fiquei abismado quando notei que estes estavam a reclamar da reação dos "coxinhas classe-média" ao ocorrido, digo, não ao fato de estarem reclamando per se (com o qual concordo), mas a como estavam fazendo-o:

Comentário crítico aos "coxinhas" no Facebook¹

Esclarecendo a crítica: a morte de uma criança, da favela ou não, classe média ou não, branca, negra ou asiática, é SEMPRE algo lamentável. Aliás, vamos além disso: a morte de QUALQUER pessoa, independente da idade, nível econômico ou local de moradia é lamentável. Pode ser que haja situações em que a morte é mais compreensível (em auto-defesa, perseguição a um genocida à la Hitler, etc.), mas nem por isso deixa de ser lamentável.

Diante disso, é triste notar que existem pessoas que desprezam a morte de uma criança apenas por que é da favela, dizendo "bandido bom é bandido morto", mas me é igualmente desgostante notar que há ideólogos que choram a morte da criança negra da favela, mas não dão a MÍNIMA quando a morte é de uma criança da classe média ou alta.² Reclamam da "desumanidade" dos "coxinhas", mas fazem o MESMO quando se trata de um filho deles. Quando a criança da favela é morta por policiais incompetentes (e vale lembrar que o julgamento oficial nem foi realizado), compartilham charges e frases de pesar em seus perfis, mas quando o filho do rico é vítima do sequestrador ou do assassino - aquele mesmo que os policiais despreparados tentam levar à justiça -, passam reto como se a notícia fosse de menor importância. 

Dois pesos e duas medidas? Difícil de não concluir isso, mas o caso fica pior no momento em que abrem a boca para criticar a "desumanidade" dos "coxinhas" enquanto eles próprios não fazem melhor. 

É nessas horas que fico feliz por ter escolhido não ser subserviente a ideologias e grupos ideólogos, mas a seguir minha própria avaliação dos fatos baseado na análise independente de argumentos. É aqui que eu vejo como é triste ver tanto o "coxinha" quanto o "enroladinho" na sua visão diminuta do mundo enquanto, em pleno clima de Páscoa, perdem a oportunidade de seguir à Cristo no seu ensino de amar a TODOS e lutar pelo bem de TODOS, ricos e pobres, negros e brancos, crianças e adultos, amigos e inimigos, segundo o que nos ensinou: "amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei" (Jo 13:34). 

Que Deus conforte o coração dos familiares de Eduardo Ferreira e faça justiça aos culpados, mas que Deus TAMBÉM faça isso aos familiares que não são negros e/ou moradores de favela e que também perderam seus entes queridos. 


Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil


¹: Observação: não necessariamente a pessoa que fez este comentário é digna das críticas aqui realizadas.
²: Não é criança, mas pergunte-se quanto a quais esquerdistas brasileiros estão chorando a morte do filho do Geraldo Alckmin, por exemplo? Ou acaso este tinha menos direito à vida do que Eduardo?

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mais Médicos: Não necessariamente apenas uma "boa ação" do governo

Olá a todos!


Ao lado do sistema de cotas universitárias e do Bolsa Família, com certeza o programa Mais Médicos do atual governo foi algo que "deu o que falar". Defendido como a solução encontrada pelo poder federal para melhorar o atendimento médico a cidades com carência dos profissionais da área, atingindo principalmente as comunidades mais carentes, o programa foi duramente criticado pelos médicos brasileiros e o seu conselho, CRM, sob vários argumentos. Literatura na Internet tratando do tema é o que não falta.

Entre as características do programa, todavia, uma das que mais chamaram a atenção foi a presença de médicos cubanos. Não que essa medida fosse algo novo: de acordo com a mídia pró-governo, defensores do programa e outros, o Brasil já fez uso (ou ao menos correu atrás) do serviço cubano durante o governo FHC, embora teria sido de uma maneira significativamente mais diminuta. 

Quanto à contratação atual, entre as várias críticas desferidas uma das principais direcionava-se à maneira como os profissionais da ilha caribenha seriam contratados: com salários muito inferiores aos dos demais, sem grandes garantidas de bom ambiente de trabalho e em condições análogas à da escravidão.

Charge referindo-se às condições de trabalho dos médicos cubanos (fonte)

Essa crítica geralmente acusava de injustiça não apenas que os médicos cubanos ganhassem menos do que os dos demais países participantes do programa (ref), como também que estes estavam a perder boa parte do seu salário para o governo dos Castro, tornado a participação destes profissionais quase que uma maneira de mandar dinheiro brasileiro para a ilha "amiguinha do governo".

Se o uso dos Mais Médicos como medida para enviar dinheiro para a ilha era antes apenas uma suspeita, parece que agora temos bases para dizer que é fato: uma reportagem recentemente publicada na Veja mencionou a existência de uma gravação que fortemente evidenciaria que esse era precisamente a razão da criação do peculiar contrato com o governo cubano - ou no mínimo uma das motivações para tal. 

Para ver a reportagem na íntegra, clique aqui.

Se isso se confirmar um fato, creio que aqueles que eram defensores dessa parte do programa até então deveriam parar para revisar o seu apoio ao mesmo. Afinal de contas, será que seria correto que o governo brasileiro utiliza-se de uma máscara perante o seu povo para mandar dinheiro para um governo ideologicamente amigo - uma medida que teria grandes chances de ser rejeitada se tivesse sido deixada explícita? Creio ser difícil desalinhar tal atitude de palavras como "safadeza" e "desonestidade", coisas com as quais ao menos um cristão não deveria consentir.

Isso, é claro, não significa que deveríamos abandonar o apoio ao Mais Médicos, mas tão somente exigir a devida modificação no contrato com Cuba eliminando esse ponto negro no programa.


Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil