quarta-feira, 17 de junho de 2015

Reforma política e voto facultativo




Olá a todos!


Talvez vocês ficaram sabendo que na semana passada, em meio aos trâmites da reforma política, o Congresso Nacional rejeitou a proposta de voto facultativo.

Eis uma decisão que não aprovei e por pelo menos dois motivos. 

Primeiro, uma pesquisa do ano passado concluiu que mais da metade dos eleitores brasileiros não votariam se pudessem. (Para ver o link da reportagem, clique aqui) Ou seja, mais da metade dos eleitores votam "por serem obrigados a votar". Se formos partir do princípio que estes são favoráveis ao voto facultativo (seria no mínimo estranho eles não serem!) e juntar o seu número ao daqueles que também são favoráveis embora continuariam votando caso tal mudança fosse aprovada, então podemos concluir que uma maioria segura dos cidadãos brasileiros é favorável ao fim do voto obrigatório. 

Sendo assim, o que poderia justificar a rejeição a essa majoritariamente desejada mudança? Será que os parlamentares simplesmente não sabem disso ou essa conclusão é errada? De acordo com o primeiro link compartilhado, a opinião do povo não parece ter sido muito considerada entre as razões para a conclusão a que se chegou. Para apreciação, noto que entre as justificativas apresentadas por alguns parlamentares para se oporem ao voto facultativo neste momento foi que "a nossa democracia não é madura o suficiente". Sinceramente, eu me pergunto como que eles fizeram tal avaliação.

Mas em segundo lugar também sou favorável à mudança por uma questão mais filosófica. Muitos dizem que "votar é um direito", um direito conquistado com sacrifíco; pois me pergunto porque não votar também não poderia ser igualmente um direito. Aliás, se há uma lei que me obriga a votar (tal como há uma que me obriga a me alistar no serviço militar com 18 anos, ou outras que me obrigam a pagar certos impostos e por aí vai), então o mesmo não deixa de ser um direito para ser, na verdade, um dever

Ainda quanto às justificativas apresentadas, alguns parlamentares também afirmaram que, no final das contas, o nosso voto "já é não obrigatório" porque, caso o eleitor não compareça às urnas, basta pagar uma multa irrisória e dar uma simples justificativa. Mas afinal, se este é o caso, se na prática o nosso voto já é facultativo, então por que não oficializá-lo nessa maneira? Isso não seria apenas mais uma razão para aprovar a mudança?

Para concluir, caso o leitor gostaria de saber um pouco mais sobre motivações para defendermos a existência de voto facultativo, recomendo a reportagem do Spotniks chamada "Por que Você Deveria Lutar Contra o Voto Obrigatório", acessível por meio deste link. Talvez seja um pouco tarde para mudarmos o rumo dessa reforma política, mas não é tarde para se mudar de opinião ou reforçar as convicções nas atuais.


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil

sábado, 13 de junho de 2015

Fotos de coisas diversas que normalmente não vemos

Shanhai Pass, o local onde a Grande Muralha da China encontra o seu fim no Oceano Pacífico


Olá a todos!


O site 9GAG mais uma vez compartilhou uma série de ótimas imagens, dessa vez sobre uma várias coisas diversas cujas fotos normalmente não vemos por aí.

Infelizmente não consegui copiar a imagem em tamanho aceitável, então terão que ver no próprio 9GAG. Para tanto, basta clicar aqui.


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Estudo afirma: videogames violentos diminuem a incidência de crimes




Olá a todos!


Acaso já ouviram pessoas relacionando jogar videogames violentos com aumento da violência, especialmente entre os jovens?

Preciso confessar que, prima facie, essa tese não me parece tão ruim. Geralmente entendemos que o ambiente em que vivemos e, especialmente, no qual nos educamos e formamos nossa mentalidade (ou seja, o ambiente vivenciado durante a infância e adolescência) bem como os eventos que passamos afetam o nosso comportamento e ajudam a nos moldar em quem nos tornamos, especialmente quando a exposição é prolongada ou o evento é forte, marcante. Não seria difícil encontrar alguns exemplos: a educação dos pais, o sofrimento de bullying na escola, a educação sexual (ou ainda a falta dela), os próprios abusos sexuais, etc..

Em face disso, é quase imediatista pensar que, ao jogar videogames violentos, a criança e o adolescente poderão ser influenciados por essa experiência, sobretudo se for prolongada e se for mais marcante (i.e., jogos mais violentos como GTA, Assassins' Creed, etc.), tornando-se por conseguinte mais violentas também.

Bom, eu concordo com esse raciocínio na medida de aceitar que é de fato possível [1] que tal coisa aconteça, mas naturalmente mais importante do que considerar a mera possibilidade é averiguar, se possível, se isso ocorre de fato - e se ocorre em taxas tais que justificariam alguma ação da parte da sociedade, como a proibição da comercialização de videogames violentos. E é aqui que o argumento a priori encontra o seu maior combatente: em pesquisas científicas que testificam que jogar jogos violentos não deixam as pessoas mais violentas.

Podemos encontrar várias páginas na internet comentando sobre esse assunto que volta e meia ressurge. O site de notícias Spotniks, por exemplo, publicou há algum tempo atrás uma matéria sobre um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Villanova e da Universidade de Rutgers que teria demonstrado justamente o contrário: que há uma correlação entre jogos violentos e diminuição da taxa de criminalidade.

Para ver a reportagem no Spotniks, clique aqui.[2]

Um outro estudo publicado na Journal of Youth and Adolescence mencionado numa reportagem do G1 defende a mesma tese. Para vê-lo, clique aqui.

É verdade que também há pesquisadores que suportam a tese da influência. Essa publicação na Scientific American Brasil, por exemplo, parece denfeder que a correlação entre jogar jogos violentos e diminuição da sensibilidade para mortes dá suporte à essa tese. Isso é bastante questionável já que justamente o contrário pode ser a verdade: que o fato de algumas pessoas serem mais inensíveis à violência em primeiro lugar é que as leva a jogar jogos mais violentos enquanto que as mais sensíveis, justamente por causa disso, se afastam daqueles.

Em suma, parece que podemos concluir satisfatoriamente que, apesar das possíveis aparências da primeira vista, os jogos violentos não trazem maior agressividade às pessoas. Isso não significa, contudo, que podemos dar as costas e ignorar essa questão; antes, devemos continuar alertas não apenas quanto às influências que estas e outras mídias podem estar trazendo a nós e aos nossos filhos, quanto como quando o uso destas pode ser indicativo de algum real problema na vida do jogador. "Em tudo, sejamos vigilantes".


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


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[1] Uma observação complementar diz respeito à influência de mídias  violentas como um fator contribuinte numa circunstância permeada por outros fatos relevantes. Veja  estes comentários.

[2] Infelizmente o link no Spotniks ficou inválido. Felizmente uma parte da reportagem foi mencionada em outros locais: aqui e aqui.

sábado, 6 de junho de 2015

Peixe de ferro: uma ajuda na luta contra a anemia




Olá a todos!

O site Awebic publicou uma notícia de uma ideia que, emboras simples e barata, talvez seja capaz de prevenir um dos grandes problemas de milhões de vidas no nosso planeta: a anemia.

Para os que não são familiarizados com o termo, a anemia consiste na diminuição do volume de hemácias e da taxa de hemoglobina, um problema geralmente causado pela falta de ferro no sangue do indivíduo. Atacando quase um terço da população mundial, [1] ela poderia ser resolvida tão somente tivéssemos uma alimentação equilibrada. 

Naturalmente a forma mais correta de combater o problema seria comer os alimentos ricos em ferro e nas "vitaminas de suporte", [1] bem como evitando aqueles que podem formar uma barreira à absorção do mineral pelo organismo (como alimentos ricos em cálcio [1]), mas isso nem sempre é possível.

Diante disso, várias dicas para contornar o problema surgiram, algumas das quais não passando de mitos. Por exemplo, colocar um prego dentro da panela quando for cozinhar feijão ou comer fígado cru com gemada, [2] a princípio, não surtem efeito. Mas uma das sugestões que parece dar certo é cozinhar a comida em panela de ferro. Apesar de algumas fontes discordarem, [1] alegando que o tipo de ferro dessas panelas não é absorvido pelo organismo humano, de acordo com ao menos um estudo, cozinhar em panelas de ferro realmente aumenta a concentração de hemoglobina no sangue. [3]

E é em linha com esse estudo que entra a ideia desenvolvida por Chris Charles: a de comunidades criarem peixes de ferro a serem colocados dentro das panelas de comida de famílias carentes, as mais afetadas com o problema, para combater o problema da anemia.


Para ler a reportagem na Awebic, clique aqui.


Naturalmente, a ideia também é boa do ponto de vista econômico uma vez que pode se tornar uma fonte de renda para as próprias comunidades que se beneficiariam da ideia.


Que o Senhor seja com vocês, 

Momergil


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[1] http://www.materlife.com.br/materlife/?p=1499

[2] http://www.bagagemdemae.com.br/anemia-habitos-alimentares-e-mitos/

[3] https://alimentosaudeinfantil.wordpress.com/2010/04/03/comprovado-panela-de-ferro-ajuda-a-combater-anemia/

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Livros clássicos de várias disciplinas para download gratuito




Olá a todos!


O site A Casa de Vidro, de Eduardo C. de Moraes, compartilhou para download uma lista com várias obras clássicas de várias áreas do conhcimento (especialmente de filosofia). É uma biblioteca inteira disponível gratuitamente para apreciação!


Para ver a lista, clique aqui.


Nota: Para os apressados em descartar a visita sob a objeção de que "não gostam de ler livros eletrônicos, pois preferem os impressos", vale a dica: talvez um dia você queira compartilhar ou escrever num artigo uma citação de um livro e, nestas situações, é muito melhor você ter uma cópia eletrônica para apenas "copiar e colar" do que ter que digitar palavra por palavra a partir de um livro disposto no colo. 


Que o Senhor seja com vocês, 


Momergil