sábado, 17 de setembro de 2016

Exploração do trabalhador e um bom exemplo de vida


http://blogconvergencia.org/?p=5388


Olá a todos!

Lendo um artigo sobre o entendimento corrente da economia marxista eu me deparei com um sujeito que, nos comentários do artigo, fez um "desabafo" sobre a triste vida de trabalhador que tinha recebendo um salário mínimo para fazer uma tarefa braçal estressante. Depois de vários comentários, ele concluiu dizendo: "o trabalho é algo imoral, ponto".

Em resposta a ele, um sujeito identificado como Henrique Zucatelli escreveu o seguinte texto que achei interessante compartilhar para reflexão. Ele não apenas contém um bom exemplo de vida no que diz respeito à persistência e ânimo para vencer os nossos objetivos como também convida aqueles que tiveram melhores condições de vida a serem gratos a Deus com a sua situação.

"Meu caro, duas soluções para quem reclama da vida ruim que leva:
1- Ir para a selva pelado e sem nada. Viver como aqueles que não eram "escravos do sistema" viviam.
2- Acordar mais cedo, estudar mais, trabalhar mais e dormir mais tarde. Se esforçar e prosperar. Foi o que eu fiz.
Já fui pobre, muito pobre. Não tive pai rico, nem herança, não sou alto nem bonito, tão pouco um gênio. Quando eu tinha uns 12 anos (hoje 30), me dei conta de que não ia ser jogador de futebol, nem modelo nem tinha habilidade para entrar em uma grande universidade. O que eu fiz? Comecei a estudar como um louco, e aos 16 anos entrei em uma universidade custeada por uma empresa aqui da região.
Saí dois anos depois, trabalhei em alguns empregos e decidi que não iria mais trabalhar para ninguém, que isso não era pra mim. Quanto dinheiro eu tinha? Nada. Pelo contrário, devia R$ 3.000,00 para o banco (uns R$ 10.000,00 atualizados). Mas eu tinha vontade, alguns contatos e fui a luta. Me tornei representante (já não era mais CLT) e a cada cliente que eu visitava eu perguntava se tinha algum projeto paralelo para eu fazer. Foram longos 6 anos até abrir a minha primeira empresa.
Um ano depois quebrei. Passei fome, perdi bens, o nome e tudo mais, porém não perdi uma coisa: a minha vontade de continuar e a experiência adquirida. Recomecei mais uma vez sem nada, só que mais maduro e objetivo. E estou aqui hoje, vivo, lutando, empreendendo e estudando sempre.Acordo as 5 da manhã e só saio da empresa as 8 da noite, de segunda a sábado. Continuo estudando, me aprimorando e humilde para ouvir meus clientes, fornecedores e parceiros.
Meus funcionários chegam as 8 e saem as 5:30. Sempre insisto com eles que aprendam comigo, com minha experiência técnica e de vida, mas eles debocham, fazem doce, reclamam de fazer hora extra, faltam quando querem. Eles são pobres como eu já fui, e não querem sair disso.
Sabe o que eu faço em troca desse deboche? Automatizo o que eu posso. No escritório uma pessoa faz o trabalho de 10 com ERP, e na fábrica uma pessoa faz o trabalho de 5 com dispositivos e fluxogramas personalizados. Com isso corto custos, aumento a qualidade e acima de tudo, a confiabilidade de que não vou ficar na mão de quem só tem compromisso com seus lazeres, e trata o trabalho, como você bem diz, como uma OBRIGAÇÃO.
Me pergunta se eu fico feliz demitindo para colocar máquinas no lugar. Não fico. Porém eu tenho que ter meus produtos no mercado. Sou mais um trabalhador que quer sobreviver e prosperar, e para isso preciso de produção, qualidade e prazos pequenos.
Espero que meu relato sirva para abrir um pouco sua cabeça."

Para conferir o artigo e os demais comentários, clique aqui.


Que o Senhor seja com vocês,

Momergil


(Se gostou, não se esqueça de compartilhar!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sinta-se à vontade para comentar meus posts, lembrando que reservo-me o direito de excluir qualquer comentário realizado, especialmente se tiver afirmações inúteis, sem sentido ou demasiadamente ofensivas (não só para mim ou para o blog, mas para qualquer pessoa).